05/05/2010

Inverno Boreal – The Esme History

Conta a história da Esme, antes da transformação, os seus amores, as suas perdas, e como ela ficou com Carlisle !

The Esme History

E no meio de um inverno eu finalmente
aprendi que havia dentro de mim
um verão invencível.

Era um dia ensolarado de setembro do ano de 1911, um ótimo dia para dar um passeio pela nossa pequena fazenda. Eu tinha 16 anos, quando naquela tarde vi uma goiaba no topo de uma árvore, me deu tanta vontade de comê-la que não resisti. Subi e comi lá em cima mesmo! Quando mordi aquela fruta doce e saborosa parecia que havia chegado ao céu: eu adorava goiabas !!! Acabei de comer e me deitei em um dos galhos, que tarde adorável aquela! Estava quase adormecendo sobre a leve brisa que soprava em meus cabelos, quando ouvi ao longe os gritos de meu pai:

- Esme! Cadê você? É bom que não esteja em cima das árvores de novo!

Ele odiava que eu subisse nas árvores, dizia que eu já era uma moça, que era hora de parar com isso, que era coisa de moleque. Mas eu gostava de fazer coisas de moleque. Mas quando ouvi seus gritos levei um susto tão grande que dei um pulo na árvore, me desequilibrei, e tentei me segurar nos galhos à medida que caia, mas meu esforço foi em vão: caí da goiabeira como uma goiaba podre! Assim que toquei o chão senti uma dor muito grande em minha perna, vi meu pai correndo na minha direção, imediatamente ele me pegou no colo e me levou para casa, quando chegamos vi o rosto assustado de minha mãe:

- Calma mãe, foi só um tombo!

- Aposto que a senhorita estava rezando! – ela gritou, movida pelo susto.

Não consegui segurar o riso com sua ironia, passei um tempo deitada no sofá enquanto meus pais conversavam. Eles pareciam estar discutindo, mas não entendi o motivo, será que fui eu que causei isso? Não pode ter sido! Não havia feito nada de mais, subir em uma árvore não era tão errado, era?

Quando meus pais voltaram para a sala levaram um susto: meu tornozelo estava muito inchado, parecia que uma daquelas bolas de tênis havia se acoplado ao meu pé. Já era tarde, e meu pai resolveu ligar para o Dr. Carter, um senhor que atendia os pequenos fazendeiros da região, afinal o hospital mais próximo era em Columbus. Quando desligou o telefone meu pai me olhou com cara de reprovação, novamente me pegou no colo.

- O Dr. Carter não vai me ver?

- Não Esme, ele está viajando, teremos que ir ao hospital de Columbus, sua mãe está furiosa!

- Não foi minha intenção pai, me assustei quando o senhor gritou.

- Ok Esme, não vamos mais falar sobre isso, certo?

O resto da viagem foi silenciosa.

Ao chegarmos ao hospital, fomos atendidos por uma recepcionista muito simpática, vimos algumas pessoas sentadas e nos sentamos para esperar o atendimento. Alguns minutos depois ouvi meu nome, era uma voz doce, gentil, quase como se alguém o tivesse transformado em melodia. Nunca tinha gostado tanto de ouvir meu nome, Esme, parecia tão lindo dito dessa forma.

Quando olhei para cima eu o vi pela primeira vez.